31 de outubro de 2010

Sou feita da mesma matéria dos sonhos que sonhei, sou feita de tristezas que eu mesmo chorei. Sou o resultado de minhas escolhas e de minhas palavras soltas. Eu sou o que quero ser, sou o que presto à ser. Sou o resultado de meus caminhos, dos rastros de lágrimas e a força que faço ao me levantar. Sou um pouco de solidão e de amor, sou uma pitada de romance barato e de preces aflitas. Sou a música bonita, a feia, o silêncio e o barulho. Sou a tragicomédia, o drama, a lama. Sou as lágrimas presas nos cílios que não me permitir deixar cair. Sou um punhado de palavras vagas e muitos sussurros ao vento. Sou uma experiência mal sucedida, um caminhar desatento em meio à chuva. Sou só mais uma que busca um lugar para lavar a alma. Eu sou a sombra que se esconde do sol, sou tudo aquilo que sou e que não sou também. Sou aquele abraço apertado, aquele som abafado. Sou o ódio, ócio, ótimo. Sou um segredo revelado, sou o sono velado. Sou um grito mudo, um choro incontido. Sou a morte dos imortais. Serei eternamente eu, até que o eterno deixe de ser o que sou.

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